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terça-feira, 16 de junho de 2015

Retrato em preto e branco do nosso querido Brasil

Terça-feira,
Como entender o Brasil?


Segundo importantes jornalistas brasileiros, o Brasil não é para amadores, e sim para profissionais. Se for verdade, difícil também é tentar compreender como essa geringonça funciona e mais difícil ainda é quando entendemos e não aceitamos tudo isso que nos é imposto. Por exemplo, na confusa Brasília existe oposição? Existe situação? Existe alguma instituição que coloca a qualidade de vida dos brasileiros como principal objetivo? O que temos é o surrupiamento da população em que os “políticos” se mostram com tanta educação para desfilar terceiras intenções e todo o empenho para manter essa “droga que já vem malhada antes de termos nascido”, como disse Cazuza. Existe honestidade, respeito e amor pelo povo? O que existe de verdade? Como esse país se move? Só temos gênios governando o Brasil!
É chocante como conseguem colocar o País nos primeiros lugares dos piores índices de tudo. No Brasil, hoje, temos 60 mil assassinatos por ano. Mais mortes do que toda guerra do Vietnã. Em relação ao saneamento básico, ocupamos os piores índices do planeta ao lado de países da África. E a lista não para. “Nas favelas, no Senado, a sujeira é para todo lado. Ninguém respeita a constituição”, como disse Renato Russo. Mas todo mundo acredita no futuro da nação. Não adianta só rezar e não fazer a sua parte. Não temos País. Não existe nação dentro do Brasil. Não existe unicidade de um povo em que as fronteiras de seu País sejam demarcadas pelo seu coração e sua disposição de defender sua pátria com a própria vida.
Concordamos com qualquer coisa que venha seja lá de onde em nome de não sabermos quem. O dia em que uma quadrilha qualquer – ah, desculpem – um partido qualquer invadir sua residência, roubar e depois de você reclamar te baterem e te prenderem; aí, quem sabe, você acorde e resolva defender seu país com unhas e dentes com suas próprias mãos. É para isso que estamos caminhando. Nosso País, há séculos, caminha para uma rota de colisão. Tudo indica que estamos nos aproximando deste dia. O que mais é preciso acontecer? Parece que estamos num estado de letargia e continuamos cegamente acreditando no futuro da nação. Nosso País já está praticamente no osso. E a omissão continua.
Deveríamos ser um povo unido dentro de um mesmo ideal. E o que estamos sendo é um mosaico com milhões de peças independentes que não se entendem. Estamos construindo um hospício como legado para as próximas gerações que serão nossos filhos. “Bastava que fôssemos sinceros e desejar profundo para que fôssemos capazes de sacudir o mundo. Temos uma porção de coisas grandes para conquistar e não podemos ficar aí parados.”
Se pudéssemos comparar nosso País com o trem das sete, o qual inspira quem vai chorar ou quem vai sorrir ou quem vai ficar ou quem vai partir, como disse Raul Seixa, apesar de sermos um País bonito, por natureza, estaríamos chorando, pois, no colme calmo do meu olho que vê a sombra sonora de um disco voador, veríamos a sombra dos espinhais de uma árvore venenosa construída pela política brasileira ou pela cultura brasileira ou pelo povo brasileiro, como os leões africanos que matam seus próprios filhos para poderem se alimentar.
Como num reflexo de último lampejo, vê-se o sinal das trombetas dos anjos e dos guardiões a rondar nosso acampamento cibernético que nos rincões brasileiros a força dos asteroides revigore a essência de um povo perdido.
Sérgio Lúcio de Freitas Rezende
Economista
Uberlândia (MG)
E-mail: udisergil@hotmail.com

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